Tiktokers vão responder por crime de racismo após live na plataforma; entenda
Três jovens são indiciadas por crime de racismo após postarem vídeo com ofensas no TikTok Reprodução
Três jovens do município de Linhares, no Espírito Santo, foram indiciadas pela Polícia Civil por racismo, após a divulgação de um vídeo no TikTok no qual fizeram comentários preconceituosos sobre pessoas com quem teriam se relacionado. Uma mulher de 19 anos e duas adolescentes de 17 foram investigadas após o vídeo viralizar nas redes sociais.
No conteúdo, as mulheres participam de um jogo popular na rede social, no qual devem fazer comentários sobre suas vidas amorosas. Ao longo do vídeo, expressam frases racistas como: “Pelo menos eu não fui feita de palhaça por um preto, né?”, “Quem? Um preto, um preto”, “Pelo menos eu não sou ‘best’ de um desquerido que ainda é preto e, na primeira oportunidade, não me deu carona para dar para um feio”, “Essa amizade com preto não vale nada não”.
A mulher de 19 anos foi indiciada por crime de racismo, com pena de dois a cinco anos de prisão, enquanto as duas menores foram indiciadas por ato infracional análogo ao mesmo crime.
Após a denúncia, o vídeo e as reportagens veiculadas na imprensa foram anexados à investigação. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça pela Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (DIPO) de Linhares.
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As três envolvidas foram identificadas e intimadas a comparecerem na delegacia para interrogatório, durante o qual optaram por permanecer em silêncio, seguindo orientações de seus advogados. Membros do movimento negro local e membros da comunidade também foram ouvidos, contribuindo com suas percepções sobre o caso.
Nas redes sociais, uma das envolvidas alega ser aluna do curso de Medicina na UNESC (Centro Universitário do Espírito Santo). A universidade, em nota ao GLOBO, repudiou veementemente as atitudes racistas, afirmando que tais comportamentos são inaceitáveis e devem ser punidos conforme a lei. A instituição reforçou seu compromisso com princípios éticos e dignidade humana.
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